Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.”
(Kuhn, 1997)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Principais lesões no atleta de voleibol

Lesões no tornozelo em atletas de voleibol
As lesões acontecem por causa de instabilidade, ruptura de ligamento, dor no tornozelo, entre outros. A freqüência de lesão no tornozelo é de 15 a 60%, sendo que o maior risco entre as mulheres é entre os 15 a 19 anos e, nos homens, entre 30 a 39 anos. A lesão ocorre principalmente quando há contato com o solo após um salto. As contusões mais comuns após o bloqueio é em supinação e após o ataque em inversão.
O tornozelo apresenta grande instabilidade devido o uso excessivo durante jogos e treinos e a entorses (distensão articular que ocasiona lesão no tornozelo) regulares ocasionados pelo impacto do salto. Uma comparação da freqüência de entorses no vôlei de quadra, 22%, com o de areia, 2%, nos mostra que o uso excessivo é um dos principais fatores que predispõe lesão no tornozelo.
Para a prevenção dessas lesões recomenda-se o uso de tornozeleiras para aumentar a estabilidade do tornozelo e o fortalecimento do mesmo.

Lesões no Joelho em atletas de voleibol
A fase de impulsão é a de maior esforço da musculatura, sendo neste momento a maioria das lesões. O desequilíbrio muscular dos membros inferiores podem ser um dos principais vilões para o joelho. O músculo quadríceps é muito exigido no voleibol e os isquiotibiais geralmente atuam com um trabalho compensatório. Esse desequilíbrio predispõe a lesões no ligamento cruzado anterior principalmente no momento de ataque.
As lesões no joelho também estão associadas com a fadiga e com o impacto no momento da impulsão porque a fadiga dificulta o amortecimento do impacto, gerando maior sobrecarga nos membros inferiores. Também ocorrem lesões na queda do salto, proveniente do impacto levando a torções.
As principais lesões no joelho são as tendinites e as ligamentares. A síndrome do joelho do saltador caracteriza-se por uma tendinite patelar ou no tendão do quadríceps. A maioria das contusões no joelho acontece em jogadores com 20 a 25 anos ou com 2 a 5 anos de prática no voleibol ou com mais de um turno de treinamento. Os homens se lesionam mais a partir dos 30 a 39 anos e as mulheres dos 15 a 24 anos, correspondendo a 61% das contusões, a segunda contusão mais freqüente.
A prevenção das lesões no joelho consiste na redução do número de saltos, sendo realizados os treinos de preferência em terrenos suaves e os jogadores que flexionam o joelho a 45 a 60º e cometem um estalo, indica-se um tratamento adequado por causa da instabilidade fêmur-patelar, não sendo recomendados saltos para esse atleta. As centenas de saltos deixam o quadríceps mais forte do que os isquiotibiais, proporcionando risco de lesão no joelho. Para reverter este fato recomenda-se um trabalho de compensação através de exercícios de alongamento para o quadríceps e de força para os isquiotibiais. A tendinite patelar melhora rápido se o atleta praticar sessões de alongamento para os músculos anteriores e posteriores da coxa.

Lesões no ombro em atletas de voleibol
As lesões mais freqüentes dos membros superiores do atleta de vôlei ocorrem no ombro, sendo cerca de 42% em vôlei de areia e 15% para vôlei de quadra. As contusões geralmente ocorrem por overuse , resultando em tendinites do manguito rotador (mm. Infraespinal, supraespinal, subeacapular e redondo menor) e no tendão do bíceps braquial. O manguito é mais lesado pelas rotações internas e externas feitas no momento do saque e na cortada feita por muitas vezes, predispondo sua lesão.
A maneira eficaz de prevenirmos as contusões nos músculos rotadores consiste em sessões de força e de flexibilidade. Como os jogadores de ponta atacam mais, merecem mais atenção no trabalho de força para os ombros.

Lesões na mão em atletas de voleibol
As lesões na mão representam pequena porcentagem. Os jogadores recreacionais machucam mais as mãos no bloqueio e no levantamento por causa da hiperextensão dos dedos, geralmente a mão esquerda é a mais lesionada em todos os fundamentos; os profissionais se machucam nos mesmos fundamentos, só que devido a uma imperfeição da técnica de execução do fundamento, sendo a mão direita mais lesada. A porcentagem de lesões são: 37% no levantamento, 36% nas bolas batidas no bloqueio, 18% na defesa de peixinho e 8% na cortada. Enquanto que os jogadores de dupla machucam os dedos cerca de 4% e os da quadra, em torno de 18%.
As principais lesões são constituídas por deslocamentos e luxações (39%), fraturas (25%), machucados (16%) e outros, sendo que 44% das lesões envolvem os dedos. As principais regiões anatômicas lesionadas são: metacarpofalângica (38%), a articulação interfalângica proximal (17%), a articulação radiocárpica (8%) e outras.
Infelizmente não existe prevenção para lesões nas mãos.

Lesões na coluna vertebral em atletas de voleibol
A freqüência das lesões na coluna vertebral é de 14%. A mais comum é a hérnia de disco.
A prevenção das dores nas costas é através do aumento da força dos músculos posteriores do tronco. Os exercícios imprescindíveis para a coluna vertebral são os abdominais por beneficiarem no equilíbrio postural e atenuarem a pressão intradiscal, decorrente de uma pressão intraabdominal aumentada.

Conclusão
As principais lesões no voleibol localizam-se no tornozelo, joelho, ombro, nas mãos e na coluna vertebral. Para prevenirmos ou amenizarmos a literatura indica redução da carga de treino, prescrever sessões de força e de flexibilidade.












Referência:
Junior, N. K. M. Principais lesões no atleta de voleibol. Educación Física y Deportes, n. 68, 2004.

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