A lesão muscular ocorre quando o músculo não resiste a certa força ou tensão. Por muitos anos, o alongamento tem sido uma parte integral da ginástica, treinos e programas de reabilitação a fim de diminuir a rigidez muscular e aliviar a dor associada a ela (MALLIAROPOULOS et al, 2004).
Muitas das disfunções do joelho são causadas por um pobre trabalho muscular, ou seja, uma musculatura que não auxilia na estabilização da articulação como deveria (CROSSLEY et al, 2002). A Dor Anterior no Joelho (DAJ) é um exemplo claro de disfunção, onde existe dor na região frontal do joelho e que se agrava com atividades que aumentam as forças compressivas na articulação (COPPACK et al, 2011). Pacientes com DAJ demonstram significantemente menor flexibilidade dos músculos gastrocnêmico, sóleo, quadríceps e isquiotibiais comparado a indivíduos saudáveis (PIVA, GOODNITE and CHILDS, 2005), e acredita-se que o aumento da flexibilidade promove melhor desempenho e reduz o risco de lesões durante os exercícios (CRAMER et al, 2004).
O encurtamento do trato iliotibial/tensor da fáscia lata predispõe a DAJ, pois as suas fibras distais se inserem na faceta lateral da patela e, quando encurtadas, tracionam a patela lateralmente, aumentando o stress articular. Já o encurtamento dos ísquiostibiais pode ser fator agravante por sobrecarregar o quadríceps, que trabalha contra a resistência passiva da musculatura flexora, ou por causar uma leve flexão de joelho durante atividades, também resultando em aumento do stress (PIVA, GOODNITE and CHILDS, 2005).
A tensão do músculo quadríceps durante a prática esportiva ou atividades diárias, gera altos estresses na articulação fêmoropatelar e predispõe paciente a DAJ. Esse achado induz que um programa de alongamento beneficiaria na prevenção e tratamento da DAJ por reduzir a dor e aumentar a flexibilidade muscular em pacientes com a disfunção, diminuindo a sobrecarga na articulação (WITVROUW et al. 2000).
Nos programas de prevenção ou reabilitação, o alongamento é sugerido em associação ao exercício de fortalecimento (COPPACK et al, 2011) (CROSSLEY et al, 2002). Porém, Cramer et al (2004), mostrou que o alongamento antes do exercício pode comprometer a habilidade do músculo de produzir força máxima, uma vez que há menor ativação da musculatura devido à propriedades mecânicas intrínsecas do músculo ou ainda fatores neurais, logo, deve ser realizado após o exercício de fortalecimento.
Crossley et al (2002), descreveu como alongamentos para DAJ a mobilização da patela associada a massagem profunda nos tecidos moles laterais, alongamento dos isquitiobiais na posição sentada e alongamento das estruturas anteriores do quadril (paciente em posição pronada, um lado do quadril rodado externamente, e quadril e joelho fletidos).
ATENÇÃO, se você é mulher e sofre do dor no joelho ao subir e descer escadas, agachar, após muito tempo sentada, ou exercitar-se, Você pode sofrer da Síndrome da DOR FEMOROPATELAR (DOR ANTERIOR NO JOELHO). um grupo de pesquisadores do laboratorio LAPOMH realiza um rabalho com esse tipo de paciente, no HC em RIBEIRAO PRETO e oferece tratamento GRATUITO. Caso seja do seu interesse colaborar, entre em contato pelo e-mail: lelevillani@uol.com.br ou telefone (016) 8827-1708.
Coppack RJ, Etherington J, Wills AK. The Effects of Exercise for the Prevention of Overuse Anterior Knee Pain. Am J Sports Med. 2011;20(10):1-9.
Witvrouw E, Lysens R, Bellemans J, Cambier D, Vanderstraeten G. Intrinsic risk factors for development of anterior knee pain in an athletic population: a two-year prospective study. Am J Sports Med. 2000;28(4):480-498.
Crossley K, Bennell K, Green S, Cowan S, McConnell J. Physicaltherapy for patellofemoral pain: a randomized, double-blinded, placebo-controlled trial. Am J Sports Med. 2002;30(6):857-865.
Malliaropoulos N, Papalexandris S, Papalada A, and Papacostas E; The Role of Stretching in Rehabilitation of Hamstring Injuries: 80 Athletes Follow-Up . Med Sci Sports Exercise.2004; 36 (5):756-759.
Cramer JT, Housh JT, Weir JP, Johnson GO, Coburn JW, Beck TW. The acute effects of static stretching on peak torque, mean power, electromyography, and mechanomyography. Eur J Appl Physiol (2005) 93: 530–539.
Piva SR, Goodnite EA, Childs JD. Strength around the hip and flexibility of soft tissues in individuals with and without patellofemoral pain syndrome. J Orthop Sports Phys Ther. 2005 Dec;35(12):793-801.
por: Leticia Villani
aeee le..
ResponderExcluirmt baumm...
gosteii