O atleta
jogador de futebol é muito exigido fisicamente tendo que apresentar aceleração
rápida, grande velocidade de corrida, habilidade para saltar, força explosiva
dos membros inferiores e resistência de velocidade. Aproximadamente 42,4% do
tempo do jogo os jogadores estão com a posse da bola, sendo o momento de maior índice
de lesão devido ao contato físico com o marcador.
Quando o
atleta apresenta desvios posturais, como assimetria de membros inferiores, retroversão
pélvica, pé anormal, está mais exposto às lesões. Como os músculos estão
interligados por cadeias, uma alteração decorrente de uma pisada errada poderá
causar lesões em regiões mais proximais. Portanto, dependendo da postura apresentada
pelo atleta, ele terá maior risco para algumas lesões, podendo fazer a
prevenção com a reeducação postural global.
Foi acompanhado
um grupo de 38 meninas entre 14 e 18 anos, jogadoras em time de futebol de
campo. No grupo de atletas lesionadas 82% apresentavam desvios posturais na
qual 83% tinham anomalias nos pés, 78% rotação interna
de pelve, 72% assimetria dos membros inferiores e 70% genuvalgo.
Em relação à
posição das jogadoras, 66% das lesões ocorreram em jogadoras do meio de campo,
seguido por 24% das laterais. Isso se explica porque essas jogaram apresentam a
maior posse de bola e precisam correm a maior parte do tempo em velocidade
submáxima e apresentam maior contato com o adversário.
Em relação ao
tipo de lesão, 34% foram entorses de tornozelo em inversão, 30% contusões nos
membros inferiores, 16% entorse de joelho, 6% distensão lombar, 5% distensão da
coxa, 5% distensão da virilha, 3% luxações e 1% de fraturas.
Portanto, observou-se
que as atletas do meio de campo são as mais lesionadas, sendo o tornozelo o
mais acometido. Uma avaliação postural deve ser feita observando-se os desvios
posturais, para corrigi-los como forma de prevenção às lesões.
Referência:
Leite, C. B.
S.; Cavalcanti Neto, F. F. Incidência de lesões treumato-ortopédicas no futebol
de campo feminino e sua relação com alterações posturais. Revista digital Buenos Aires, v. 9, n. 61, p. 1-7, 2003.
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