Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.”
(Kuhn, 1997)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

PRP no esporte


                     Plasma Rico em Plaquetas no esporte

O Plasma Rico em Plaquetas (PRP), também conhecido como auto-hemoterapia, é uma técnica na qual o sangue do paciente é retirado, colocado em uma centrífuga e injetado no local da lesão, com uma quantidade de plaquetas superior ao nível fisiológico. Essas plaquetas liberam fatores de crescimento que estimulam e aceleram o processo de cicatrização. Por esse motivo, esse método vem sendo muito utilizado na medicina esportiva, com o objetivo de antecipar o retorno de atletas às suas atividades.


Na medicina esportiva, esse procedimento é mais utilizado em lesões musculares, tendíneas e ligamentares, porém, nesse último caso, não substitui uma cirurgia reparadora. Jogadores como Ronaldo, Marcos e Elias, já passaram por esse tratamento, fato que mostra como essa técnica ganhou o mundo do esporte.
Embora seja utilizada, “Ainda não temos evidências científicas que confirmem a eficácia do tratamento”, assim disse o, então, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, Romeu Krause, em uma entrevista a Folha de São Paulo em 2009.
Estudos realizados em 2010 e 2011 relatam que o tratamento oferece vantagens em lesões tendíneas e ligamentares, com recuperação mais rápida e redução de recidivas, porém foram realizados apenas três ensaios clínicos. Também comentam a falta de padronização do procedimento, a qualidade metodológica e a falta de ensaios clínicos como fatores limitantes para colocar essa técnica em prática.


Existem diversas discussões envolvendo esse tipo de tratamento:
- Como qualquer transfusão, a auto-hemoterapia pode provocar consequências a curto e longo prazo, o que ainda é desconhecido para esse procedimento.
- A aplicação ficaria restrita ao local da lesão? Caso não, quais seriam as consequências periféricas?
- Em relação à fisioterapia, qual seria a conduta diante de uma situação em que o processo de cicatrização foi acelerado?
Portanto, ainda há muito para descobrir, tanto sobre a técnica em si, quanto sobre a conduta fisioterapêutica. Os métodos que aceleram o retorno esportivo são muito almejados, porém devem ser avaliados com cautela para não piorarem ou causarem lesões futuras aos atletas.

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