Paradigmas são as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência.”
(Kuhn, 1997)

domingo, 29 de abril de 2012

Esporte Paraolimpico no Brasil



                      -Esporte Paraolímpico no Brasil-

Há algumas semanas o Esporte Paraolímpico foi abordado em uma das reuniões da LiFE. Resolvemos trazer informações adicionais sobre o tema para quem não pode comparecer ou se interessou.
O início do esporte oficialmente se deu ao final da Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1952, quando os soldados voltaram para os seus países de origem com vários tipos de mutilações e outras deficiências físicas.
No Brasil, o esporte adaptado surgiu em 1958 com a fundação de dois clubes esportivos (um no Rio e outro em São Paulo). Nos últimos cinco anos, o Esporte Adaptado brasileiro vem evoluindo, mas por falta de informação e, principalmente, de condições específicas para a sua prática, muitos portadores de deficiência ainda não têm acesso a ele. Cabe a nós, atuais e futuros fisioterapeutas, divulgar a prática do esporte, orientar e apoiar os interessados e até cobrar do governo e da sociedade um investimento maior nessa área.
Você sabia que existem hoje no Brasil 20 modalidades esportivas destinadas a deficientes físicos do sexo masculino e feminino? Diversos tipos de deficiências são aceitos, desde paralisia cerebral, amputação de algum membro do corpo até a cegueira completa. A única exceção é para deficientes auditivos, que participam de atividades esportivas convencionais. Dentre as principais modalidades destacamos o Atletismo, Basquetebol em cadeira de rodas, Natação e Futebol de 5. A última paraolimpíada contou com 188 atletas representando nosso país, e esperamos ainda que esse número aumente em Londres.
O Brasil já faz sucesso no mundo todo com seus atletas paraolímpicos, como o nadador Daniel de Faria Dias, maior nome brasileiro na Paraolimpíada de Pequim de 2008. Ele conquistou os recordes de natação nas categorias 100m e 200m livre, 100m costas e 200m medley, com o tempo de 2min52s60. O atleta também é o recordista de medalhas do Parapan, com oito de ouro. No entanto, vale lembrar que o atleta paraolímpico enfrenta não apenas o desafio de chegar em primeiro lugar ou de conseguir um patrocínio para os treinos, como também os próprios limites corporais. Nesse ponto, o fisioterapeuta pode ser crucial.
Existe ainda uma grande discussão à respeito da divisão dos atletas. Alguns dizem que uma prótese muito avançada pode favorecer um corredor em uma competição com atletas sem deficiência, mas não seria isso um direito dele? Criaram até um nome para isso: Doping Tecnológico. Já imaginaram um lutador de UFC sem parte do antebraço vencendo seus oponentes? Nesse caso, dizem que a vantagem dele está no aspecto psicológico dos adversários. Opiniões pessoais, pesquisas científicas, análises biomecânicas, leis, resultados em provas... cada um tira a própria conclusão sobre o assunto. 
Mandem comentários dizendo o que pensam e poderemos conhecer diferentes pontos de vista! Se quiserem ler mais sobre o assunto, aqui estão duas reportagens interessantes: http://veja.abril.com.br/230108/p_080.shtml e http://esporte.uol.com.br/lutas/vale-tudo/ultimas-noticias/2012/04/12/sem-parte-do-antebraco-lutador-combate-preconceito-e-sonha-ser-campeao-do-ufc.htm .
O Comitê Paraolímpico Brasileiro é o órgão responsável por representar, dirigir e coordenar o segmento esportivo paraolímpico no Brasil. Algumas modalidades têm suas federações próprias enquanto outras são administradas pela Organização Internacional de Esportes para Deficientes. Esse é o site para quem quer mais informações sobre a organização: http://www.cpb.org.br/. Mas a responsabilidade está nas mãos de cada um de nós, principalmente para evitar o preconceito e conscientizar a população.  
Obrigada,  Mariana Barcellos Machado (vice secretária LiFE)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Bandagem elástica


Um dos métodos mais conhecidos de bandagem elástica, o Kinesio Taping foi criado em 1979 pelo Dr. Kenzo Kase. Através da faixa elástica de tecido aderente, o método pretende  facilitar o processo natural de cura do corpo. Para isso, objetivo é permitir suporte e estabilidade para a musculatura e articulações sem restringir as amplitudes de movimento das mesmas. 
 Hoje, o método é usado para tratar acometimentos ortopédicos, neuromusculares e neurológicos.
Dr.Kase viu que para estabilizar uma articulação, era efetivo aplicar bandagem ao redor da musculatura envolvida, o que era difícil de se fazer com bandagens rígidas. Como em casos de lesão e overuse o músculo perde parte da sua elasticidade, o quiropraxista e acupunturista desenvolveu a bandagem elástica.
As propriedades da bandagem vieram de estudos cinesiológicos. Por atingir diferentes receptores do sistema somatossensório, a faixa pode aliviar a dor e facilitar a drenagem linfática por "erguer" a pele microscopicamente.  


A bandagem pode ser aplicada de diversas maneiras conforme o objetivo:  Com recortes diferentes, tensões variadas, abrangências musculares diversas e  fins específicos.


Apesar da bandagem elástica ser usada para reeducar o sistema neuromuscular, reduzir a dor, melhorar a performance, prevenir lesões e auxiliar no processo de cura, ainda faltam estudos científicos relevantes que comprovem esses efeitos. Porém, muitos atletas que utilizam o método, referem melhora da dor, do rendimento e da performance.




Para aplicação, é necessário muito conhecimento anatômico e cinesiológico do corpo, pois a troca de origens e inserções musculares pode reverter o efeito da bandagem.
No mercado, já encontram-se disponíveis diversar marcas de bandagem elástica, porém, sempre deve-se atentar à elasticidade (pode ser reduzida ou aumentada), capacidade adesiva (durabilidade) e qualidade em geral.



Espero que tenham gostado do post... a bandagem elástica vem aparecendo cada vez mais nos esportes mais praticados e é  importante nos manter informados!!! 
Até a próxima, 
Letícia Villani (coordenadora LIFE)